Hungria (Magyarország)







Após o já mencionado Vôo, chegamos ao Aeroporto de Budapeste onde, logo de início, tivemos contato com um dos idiomas mais complicados que existem, já que quase nenhuma palavra é de tradução dedutível, além de que a pronúncia costuma ser muito diferente do que se escreve!!

Só para se ter uma idéia, "Cerveja", em Húngaro, se escreve, "Sör", mas a pronúncia é algo parecido com "Chêr"!! "Obrigado", em Húngaro (Magyar) se escreve "Köszönet", mas a pronúncia é "Côsonon". O próprio nome do país é "Magyarország". E, "Húngaro", em Húngaro, é "Magyar".

Além disso, costumam também existir diversos acentos na mesma palavra, inclusive nas consoantes!

Na foto abaixo, as boas vindas, em Húngaro e em Inglês, no Aeroporto de Budapeste, a Capital Húngara:



Para que vocês sintam a mesma emoção que Netinha e eu sentimos na Hungria, a leitura desse pequeno resumo será ao som da belíssima "Dança Húngara N° 5" de Johannes Brahms (Original para Piano A Quatro Mãos - Orquestrada por Albert Parlow) - Orquestra "Sinfonia Hungarica", sob a Regência de Antal Varga.

Lembrando que, apesar de Brahms ser um Compositor Alemão, nascido em Hamburgo, sua Dança Húngara N° 5 é uma Música bem representativa da Hungria, e é bastante comum ouvirmos a mesma em arranjos populares, inclusive com Violinistas que costumam tocar em diversos restaurantes! O Violino é um dos principais Instrumentos Musicais utilizados nesse país!

E, na Música Erudita, a Hungria é o país-natal de Ferenc Liszt, Béla Bartók e Zoltán Kodaly.

Conhecida como a "Pequena Paris", a Capital Húngara se situa às margens do Rio Danúbio, o mesmo que também banha Vienna, e que inspirou Johann Strauss Filho, na Composição de sua belíssima Valsa "Sobre o Belo Danúbio Azul" ("An Der Schönen Blauen Donau") - Opus 314.

O Rio Danúbio (chamado de "Duna" pelos Húngaros) divide a cidade em duas partes: os morros de Buda a Oeste, e a planície de Pest a Leste.

Merece ser lembrado também que, no passado, a Hungria e a Áustria já formaram o mesmo país, que era o Império Austro-Húngaro.

Fundada em 1873, Budapeste nasceu da unificação de três cidades: Buda e Óbuda, na margem Oeste do Danúbio; e Peste, na margem Leste do mesmo rio. As três cidades já haviam se consolidado na segunda metade do Século XII, sendo que Buda era a sede do Governo desde 1247.

Budapeste sofreu o domínio turco entre 1541 e 1686, ano em que os Habsburgos retomaram o território Húngaro. E em 1918, teve fim o Império Austro-Húngaro, e também os 4 séculos de dominação estrangeira.

A Hungria também participou da segunda guerra mundial e, de 1945 a 1989, foi dominada pelo regime soviético, tendo ocorrido inclusive uma Revolta Nacionalista que foi esmagada em 1956...

Em 1989, a Hungria se tornou uma República Democrática. E, em 2003, ingressou na União Européia!

O que não falta é História para se estudar a Europa do Leste e a Hungria e, o mais difícil, é "resumir toda essa riquíssima História"... Desde a fundação de Aquincum pelos Romanos (ano 100 d. C.), o domínio pelos Hunos (410 d. C.) a chegada das Tribos Magiares (896 d. C.), o primeiro reinado, a cargo de Santo Estêvam (Istvam I), que foi o primeiro Rei da Hungria (a partir de 1001 d. C.) e o reinado de Matyas Corvino (de 1458 a 1490)!

Netinha e eu nos hospedamos a Leste do Rio Danúbio, em Pest. Iniciamos o tour pela Praça dos Heróis, cujos monumentos retratam diversos períodos da História Húngara, lembrando também que esse país foi pioneiro na Abertura Sócio-Econômica do Leste Europeu, já que, conforme já mencionei logo acima, a Hungria passou a ser uma República Democrática em 1989, antes mesmo da Perestroika (Mikail Gorbatchév, na Rússia)!

Nas fotos abaixo, a Praça dos Heróis, em Budapeste:



Santo Estêvam (Istvam I), o primeiro Rei da Hungria, a partir do ano 1001 a. C.:



O Museu Nacional de Belas Artes (Szepmuveszetj Muzeum):



Matyas Corvino, que reinou de 1458 a 1490 na Hungria:



Também a Leste do Danúbio, em Pest, o monumento que representa a "Cortina de Ferro", que simboliza o regime fechado que vítimou diversos países do Leste Europeu até o final da década de 1980 e início da década de 1990:





Junto ao monumento que representa a "Cortina de Ferro", o Terror Háza Muzeum, na Avenida Andrássy:



Com os retratos de diversas pessoas que foram vítimas do regime fechado que existiu entre 1949 e 1989:



Na foto abaixo, Netinha na Avenida Andrássy, onde fica o Terror Háza Muzeum e o monumento que representa a "Cortina de Ferro":



Também em Pest, na mesma Avenida Andrássy, o Teatro da Magyar Állami Operaház - o Teatro Nacional da Ópera de Budapest, inaugurado em 1884, obra do Arquiteto Miklós Ybl:



A programação de Ópera é intensa tanto na Europa Ocidental como também na Europa do Leste (principalmente em Vienna!!!). Pode-se assistir a diversas Óperas no mesmo ano, bem diferente do Brasil, onde no Teatro Municipal de São Paulo-SP, a gente pode assistir a no máximo 4 Óperas no período de um ano, isso porque a Cidade de São Paulo-SP é uma das mais ricas do nosso país, em termos de Música Erudita...

Em Budapeste, haviam diversas Óperas com apresentações programadas para os meses de Maio e Junho de 2010, programação, por sinal, bem "modesta", comparado com o que observamos em Vienna, onde são exibidas duas diferentes Óperas no mesmo dia no Vienna Staatsoper e no Vienna Volksoper, sendo que no dia seguinte, outras duas Óperas diferentes são exibidas!!!

A única dificuldade existente é que os ingressos precisam ser adquiridos com alguma antecedência, já que nos dias que antecedem às respectivas apresentações, a lotação quase sempre se encontra esgotada!!!

Também em Pest, a Basílica de Santo Estêvão (Szt. István):



A Sinagoga:



O Parlamento (Országház):





E, também em Pest, o calçadão da Rua Vaci (Vaci Utca):



Tudo isso, na Planície de Pest! Vamos agora atravessar a Ponte das Correntes, sobre o Rio Danúbio, e, na margem Oeste, as colinas de Buda, com imponentes edifícios que tiveram que ser reconstruídos, após os horrores da segunda guerra mundial. Na foto abaixo, a Ponte das Correntes. Ao fundo, a margem ocidental do Rio Danúbio e as colinas de Buda:



Em Buda, o Bastião dos Pescadores (Halászbástya):







O Danúbio e, ao fundo, o Parlamento (em Pest) visto do Bastião dos Pescadores (em Buda):



Na foto abaixo, um detalhe do interior da Igreja de Matyas. É pouco comum que se permita fotografar os interiores das Igrejas e Museus, de um modo geral e, quando é permitido, somente sem o uso do flash.



Também é bastante comum, nas Cidades Históricas do Leste Europeu, que as principais Igrejas e Edifícios Históricos se localizem em ruas estreitas, de modo que não se consegue um ângulo adequado para fotografar os mesmos, que acabam ficando com um "close excessivo". Na foto abaixo, um detalhe da torre da Igreja de Matyas, em Estilo Gótico:



Abaixo, outra foto da Igreja de Matyas:



E, na foto abaixo, um cartão postal que mostra a mesma Igreja de Matyas:



Também em Buda, ao fundo, o prédio do Ministério da Defesa, cujas paredes mostram as marcas da segunda guerra mundial... Conforme comentei antes, Budapeste foi uma cidade bastante destruída pelos horrores da guerra e muitos edifícios históricos, principalmente na colina de Buda, foram reconstruídos, mantendo-se o estilo original. No Ministério da Defesa, os furos nas paredes cravadas de balas foram deixados de propósito para que o mundo não se esqueça de tais horrores que mancharam a História Húngara, que também possui bastante "derramamento de sangue"...



Essa Viagem pelo Leste Europeu foi riquíssima não só em História, mas também em Boa Música, tanto Erudita, como Folclórica!! Conforme comentei, é dificílimo assistir a alguma Ópera e/ou Concerto, devido à antecedência que se faz necessária para a compra dos ingressos. Por outro lado, dentre os "extras opcionais" do Pacote Leste 21 da Queensberry, Netinha e eu fomos a um jantar no Callas Café e Restaurante (o nome homenageia Maria Callas, a famosíssima Soprano que foi a primeira Esposa do milionário grego Aristóteles Onassis), ao lado da Ópera de Budapeste.

Na foto abaixo, Netinha e Ricardinho em frente ao Teatro da Magyar Állami Operaház:



A calçada em frente ao Callas Café e Restaurante:



E o interior do Callas Café e Restaurante:



Um jantar com bom Vinho e ao som de Música Erudita:



Na foto abaixo, o Violinista e o Contrabaixista do Kékduna Koncert Szalonzenekar (Blue Danube Concert), que tocam no Callas Café e Restaurante:



Também no Restaurante do Mercado de Budapeste, conhecemos Tomhán Ferenc & His Hungarian Band. O Violinista Tomhán Ferenc (à esquerda) nesse dia tocou diversas Músicas típicas, de mesa em mesa, no almoço de 19/05/2010:




Até breve, Budapeste!!! No dia 21/05/2010, Netinha e eu seguimos para Vienna, conhecendo de passagem, Bratislava, a Capital da República Eslovaca!

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A todos, um grande abraço de Netinha e Ricardinho!







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